Documento de Aparecida

1. Procurando pelo texto final do Documento de Aparecida, me deparei com o resumo ou síntese oferecido pelo site da CNBB. O resumo chega a ser enervante de tão vago e nem de longe apresenta, de fato, os pontos críticos do texto e das discussões. Encontrei o documento conclusivo, em espanhol, aqui.

2. O texto se apresenta como construído a partir da metodologia (?) do Ver, Julgar e Agir. Para aqueles que não fugiram das aulas de hermenêutica, cabe perguntar: a partir de onde se deseja ver, julgar e agir? Em vista do que? A Igreja tem uma teleologia definida, expressa tanto pelos evangelhos quanto pela tradição. O impulso pela pretensa imparcialidade é nocivo na medida em que não pode e nem deveria desejar tal afastamento ao interpretar as questões.

3. Expressões como “Igreja latino-americana” geralmente escondem diversos pressupostos: um ódio velado ao que alguns teólogos “católicos” chamam de romanismo, que também é seguido por problemas com autoridade, perda de visão escatológica e mística globalizante do cristianismo, que acaba por se diluir num secularismo ingênuo e nocivo.

De fato, é preciso preciso pensar “porque é tarde e o dia declina” (Lc 24,29).

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